Detetives - Parte 1: Perspicazes, Pesquisadores e Circunstanciais
- katherinehavegreen
- 5 de jul. de 2015
- 2 min de leitura

Muitas pessoas já leram ou viram filmes de mistério. Aliás, é quase impossível achar uma só pessoa que não o tenha; se você não leu, é certo que já assistiu algum.
Para muitos ficwritters, isso é uma tentação quase irresistível. Quem nunca quis escrever um misterioso conto de suspense? Quem nunca imaginou como seria criar seu próprio detetive - ou, quem sabe, detetives?
Mas nem sempre 'querer' é 'fazer'... um ficwritter tentando se inserir no mundo dos crimes não-resolvidos e assassinatos impossíveis invariavelmente dá de cara com uma parede sólida de dificuldades: como será meu detetive? Como ele começou a investigar? Ele é um novato ou já é considerado veterano? Talvez tenha entrado no caso por acidente? Qual sua relação com a polícia? Ele vai ter um parceiro? E como será esse parceiro?
Mas uma pergunta está sempre presente: de onde ele tirará as informações para desvendar o mistério, e como posso fazer isso sem parecer forçado?
Bom, vamos por partes.
Primeiro, dividiremos os detetives em três tipos, segundo seus métodos de investigação: os Perspicazes, os Pesquisadores e os Circunstanciais.
Os detetives Circunstanciais são aqueles que trabalham com as circunstâncias do crime. Ele aconteceu de dia ou à noite? Que acontecimentos importantes estavam em andamento durante esse período? Quem teria acesso ao local do crime no momento em que ele ocorreu? Quem seria beneficiado com isso?
Todos os detetives trabalham com as circunstâncias em determinado momento, mas os Circunstanciais levam sua importância a um novo patamar. A primeira coisa ao começar a desvendar um crime geralmente é reduzir a lista de causas, suspeitos e possíveis consequências, para então procurar informações mais específicas. Um exemplo desse conto é o livro Inimigo Secreto, de Agatha Christie, do qual falaremos mais tarde.
Os detetives Pesquisadores são que o próprio nome diz: pessoas que, por hobbie ou profissão ou qualquer outro motivo, têm um conhecimento que excede o senso-comum sobre determinado tema ou área. Muitas vezes são eles cientistas, professores ou semelhantes. Um bom exemplo é o livro Ponto de Impacto, de Dan Brown.
Já para os Perspicazes, é da percepção que vêm as informações. Eles trabalham com o já mencionado senso-comum, mas de um jeito totalmente novo: eles se aproveitam daquilo que todos nós sabemos, mas a que não damos atenção. Por exemplo, uma pessoa com dedos finos dificilmente seria marceneira: provavelmente teria uma ocupação mais próxima do piano ou artesanato. Alguém que deixa pegadas com um grande espaçamento entre elas provavelmente é mais alta do que alguma com passadas curtas, ou talvez esteja apenas em melhores condições físicas. Um bom exemplo é um detetive que todos nós conhecemos muito bem: o nosso amado Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle.
Ainda está confuso? Não fique. Por que não falamos um pouco mais sobre cada tipo, individualmente?
Mas isso vai ficar para outro post! Espero ter ajudado!
;)
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